Para discussão:
Eu acho muito doido quando as pessoas definem as decisões do presente com base apenas (ou em sua maior parcela) nos objetivos futuros. Não acho doidas as pessoas que margeiam suas vidas assim, muito pelo contrário, eu respeito. Doido sou eu que fico pensando nessas coisas. =P
Só não consigo acreditar, com força, num amanhã que ainda nem existe.
Diariamente, percebo e vejo as pessoas encarando suas vidas certas da existência do amanhã. Deitam suas cabeças nos travesseiros, todas as noites, pensando nos objetivos para daqui há semanas, meses e anos! Tenho um exemplo próximo, de um grande amigo, que poderia viver muito melhor se conseguisse balancear seu foco entre presente e futuro. Trabalha muito mas, com o que ganha, pouco se permite, no intuito de usufruir dos seus ordenados num futuro que ele está certo que vai chegar.
Acho que a nossa vida e, consequentemente, os objetivos desta são tão mutáveis (e isso acaba sendo fruto dos nossos aprendizados e evolução), que levar nossas escolhas em função de um só caminho me parece injusto demais com o nosso presente. Tudo muda, tudo passa, as várias histórias que compõe nossa existência são efêmeras e é fantástico que as coisas sejam assim. Vamos vivendo várias histórias! Se tudo fosse muito programado e corresse exatamente de acordo com o que planejamos, a vida seria previsível demais.
Claro que é sempre importante ter uma espécie de “radar”, onde seja possível entender que as decisões que são tomadas hoje certamente serão parte de um resultado futuro. Na verdade é fundamental entendermos quais serão as conseqüências dos nossos atos (e grande parte delas, na maioria das vezes, acontecem no futuro). Mas, como diz aquele velho ditado, não deixar pra amanhã o que pode ser feito hoje é ponto básico, até porque o amanhã não existe (e isso é fato, não é uma opinião).
Sejamos práticos: isso aqui é um incentivo pra você, que está brigado com seus pais/parceiro(a)/amigo(a)/namorado(a)/porteiro/chefe ou qualquer outro. Também pra você que está com aquela grana guardada há um tempão, pensando na educação dos seus filhos (que ainda nem existem e não passam de um sonho para daqui há 5 anos), tendo que conviver com uma geladeira que a porta está quase caindo e que não para de pingar água pela cozinha. Sem querer ser trágico (mas já sendo) e levando a coisa para o extremo, imaginem se um de vocês fosse a próxima vitima de uma bala perdida? É como diz aquela canção do Paulinho Moska: “o que você faria se só te restasse um dia?”
Quando eu tinha uns 10, 11 anos, ouvi uma frase que, mesmo menino, me fez refletir demais e foi fundamental na minha formação: "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã".
E passei a levar tudo assim, nessa "intensidade" gostosa de viver.
E não consigo mais fazer de outro jeito.
=)
"pema sem pena"
Há 8 meses