Análisando a televisão em si, o acesso a esta tem como contrapartida uma formidável censura, uma perda de autonomia ligada, entre outras coisas, ao fato de que o assunto é imposto, de que as condições da comunicação são impostas e, principalmente, que a limitação do tempo impõe ao discurso tantas restrições que é pouco provável que alguma coisa possa ser dita.
Além disso, há intervenções políticas e censuras econômicas, já que muitas emissoras pertencem a grandes grupos de empresas ou até mesmo não afetariam a reputação de seus patrocinadores, e isso afeta toda a programação quanto aos jornalistas – figuras importantes nesta análise e donos de certa manipulação, até porquê também são manipulados e, muitas vezes, alimentados por suas ambições ou temerosos de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, não tem consciência disso.
A busca pela notícia, o princípio da seleção é encontrar o sensacional, o espetacular. A televisão convida à dramatização, no duplo sentido: põe em cena, em imagens, um acontecimento e exagera-lhe a importância, a gravidade e o caráter dramático, trágico. As palavras comuns, não se “faz cair o queixo do burguês” e do povo. As notícias de variedades são o alimento predileto da imprensa sensacionalista; o sangue e sexo, o drama e o crime sempre fizeram vender e alçam o índice de audiência. É importante citar também os “fatos-ônibus”, que não devem chocar ninguém, não envolvem disputa, não dividem, formam consenso, interessam a todo mundo mas, de certo modo, não tocam em nada de importante.
Continua...
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Interessante o texto.
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