segunda-feira, 2 de julho de 2007

cultura cura, arte também

Nesta última semana busquei conhecer toda e qualquer tipo de fonte alternativa de leitura pela internet. Quando digo fonte alternativa, me refiro aos vários blogs e sites pessoais espalhados pela rede. É incrível a quantidade de coisas legais que se encontra, envolvendo vários tipos de informação. Na maior parte das vezes, trata-se de críticas e reflexões em vários formatos como pinturas, charges, poesia, contos, prosas, música e etc. Indo mais além, visitando sites pessoais em outros países, percebe-se que essa “necessidade” de expressão também acontece de uma forma igualmente interessante. Olha aí uma das boas experiências da globalização

Sei lá, pode ser uma grande utopia, mas seria incrível se toda essa gente pudesse se encontrar pra pensar e se expressar junto, pra criar e praticar cultura.

Hoje vivemos uma grande massificação do que é novo. Tudo parece sair em série, de fábrica e com data de validade curta. É aquele papo que escutamos muito dos nossos avós: “antigamente as coisas eram melhores, tinham mais qualidade”, e a cultura se inclui nisso. Na minha opinião, a quantidade de focos que envolvem cultura no Rio de Janeiro, por exemplo, é pequena. Como uma também precursora de educação, a cultura deveria ter mais espaço de acesso para a população, principalmente aquela parte que não tem muito acesso a ingressos. Eu não tenho dúvidas da existência de pessoas que possam tornar isso real.

A arte é um meio excepcional para passar mensagens envolvendo valores realmente humanos, de valorização de si e do outro. A arte envolve e te faz ver o mundo por outros ângulos. É capaz de ensinar da maneira mais leve e agradável. Te faz, rir, chorar, pensar e te proporciona a interpretação que chega mais perto da sua experiência de vida. Acho sinceramente que as pessoas seriam mais sensíveis e humanas se houvesse mais contato com a arte.

De qualquer forma, é muito bom ver que existe uma corrente muito forte de pessoas movendo cultura e participando de circuitos que oferecem novidades engrandecedoras da alma. Há uns dois anos, encontrei um antigo professor meu em um show no Circo Voador (casa de shows – RJ) de uma banda que não toca na rádio e não tem exposição na mídia como um Skank ou Jota Quest, por exemplo. Nesse dia, ele me falava de algo realmente interessante: não havia sido veiculada qualquer mídia de massa na divulgação daquele evento mas a casa estava lotada. Isso mostra que muitas pessoas já não se contentam com o que é oferecido pelos meios de massa (pelo tal padrão) e estão buscando outras opções de entretenimento e informação (e vice-versa). E é inegável que arte é muito importante nesse movimento.

Com mais arte, criação e movimentação de cultura, acho que veríamos menos episódios como esse do espancamento da empregada doméstica. Citei como exemplo. Isso nem merece ser comentado: não é papo para debate ou convencimento. Infelizmente, a cada dia, vivemos situações em que não existem pontos de vista. Tratam-se de casos totalmente certos ou totalmente errados. Com esse, com certeza, o único ponto a se discutir é como algo assim pode acontecer, ou seja, como isso começa e se desenvolve. Mas isso é outro papo.

Um comentário:

Anônimo disse...

show seu post.
o texto abaixo também foi muito bom. virei aqui mais vezes.

parabéns. abraços